As cores associadas ao Transtorno do Espectro Autista (TEA), ganharam força como ferramentas de conscientização, educação e representação da pluralidade de vivências dentro do espectro. Utilizadas em campanhas como o “Light It Up Blue” e amplamente disseminadas em escolas, redes sociais e eventos públicos, os tons ajudam a comunicar a complexidade do autismo de forma acessível e simbólica.
O símbolo mais reconhecido é o quebra-cabeça multicolorido, que remonta à década de 1960. Atualmente, seu uso continua a destacar a diversidade de identidades e experiências no autismo, reforçando a importância do acolhimento, da empatia e da inclusão social. “Cada cor carrega um significado emocional e educativo que contribui para a construção de ambientes mais receptivos e conscientes”, afirma a neuropedagoga Mara Duarte da Costa, diretora da Rhema Neuroeducação.
Cada cor, um significado
As cores do autismo têm papel fundamental na conscientização e na representação da diversidade dentro do espectro. Embora a experiência autista seja única para cada indivíduo, os significados atribuídos às cores ajudam a promover compreensão e empatia:
- Azul: Representa tranquilidade, segurança e apoio. É amplamente utilizado em campanhas como o “Light It Up Blue”, promovido pela Autism Speaks.
- Amarelo: Simboliza otimismo, energia e a esperança de um futuro mais inclusivo.
- Vermelho: Está ligado à força e ao amor das famílias, além de representar a luta contra o preconceito.
- Verde: Está associado ao crescimento pessoal, à calma e ao desenvolvimento contínuo.
- Lilás: Celebra a criatividade, a inteligência e os talentos únicos de pessoas autistas.
- Dourado: Representa luz, esperança e as altas habilidades de algumas pessoas com TEA.
- Multicolorido: Reflete a diversidade do espectro e a necessidade de inclusão de todas as formas de ser.
Além das cores, símbolos como o quebra-cabeça e o infinito em arco-íris ampliam a compreensão do público. “Isso traz uma abordagem mais moderna ao comunicar a ideia de que há infinitas formas de existir no espectro”, explica Mara. Essas representações facilitam o diálogo sobre a neurodiversidade, especialmente em contextos educacionais e institucionais.
No ambiente escolar, o uso das cores associadas ao autismo tem valor pedagógico. Segundo a especialista, é possível incorporá-las em materiais didáticos, atividades lúdicas e ações de conscientização, contribuindo para a formação de crianças mais empáticas.
Cores e bem-estar sensorial
Estudos e relatos clínicos sugerem que as cores também influenciam emocionalmente pessoas com TEA. Tons suaves, como azul e verde, são geralmente considerados mais reconfortantes. Já tons mais vibrantes, como vermelho, podem ser estimulantes para alguns, mas desconfortáveis para outros com hipersensibilidade sensorial.
(Assessoria de Imprensa)