O Instituto MOL anunciou os finalistas do Prêmio MOL 2025 de Jornalismo para a Solidariedade, destacando trabalhos que promovem a cultura da doação e seus impactos na sociedade brasileira. A cerimônia de premiação, marcada para abril de 2025 em São Paulo, será uma oportunidade para refletir sobre o papel do jornalismo na transformação social. Entre os finalistas, a reportagem “Educação Climática Transforma Jovens em Líderes em Áreas Afetadas por Desastres”, escrita pela jornalista Fernanda Gabrielle Lagoeiro e publicada no Nota Social, foi indicada na categoria Jornalismo Comunitário. A reportagem aborda como projetos de educação climática estão capacitando jovens em regiões impactadas por desastres naturais a se tornarem líderes em suas comunidades, com um olhar sensível e urgente sobre o tema. (Acesse aqui a matéria).

Em 2025, pela primeira vez, foi criada a categoria de Jornalismo Comunitário no Prêmio MOL, um avanço significativo para a valorização dessa prática. Fernanda vê a inclusão dessa categoria como um passo importante, destacando a necessidade de tratar o jornalismo comunitário com a mesma seriedade e apoio que os grandes veículos de mídia. Para ela, é essencial investir nesse tipo de jornalismo, apoiar financeiramente e engajar o público da mesma forma que fazemos com os principais jornais do país. Ela acredita que esse apoio é crucial para fortalecer a transformação social e promover a conscientização sobre questões urgentes como as mudanças climáticas.

A Inspiração por Trás da Reportagem

Para a autora do texto, a inspiração para essa reportagem veio de sua jornada de trabalho voluntário. “Foi o resultado de todo o meu comprometimento com o voluntariado”, diz, lembrando suas experiências com a AACD, TETO, entre outros projetos sociais. Esse envolvimento, segundo ela, abriu portas para programas de liderança juvenil, como os promovidos pela Embaixada dos EUA e pelo Girls20 Summit, em 2014, na Austrália. “Essas vivências me deram a chance de gerir projetos sociais e me prepararam para atuar em áreas de liderança”, conta.

Atualmente, Fernanda é voluntária na EmpoderaClima, uma organização que aborda questões climáticas com uma perspectiva de gênero. Ela também explica como a recente tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul a levou a se envolver ainda mais: “Quando as enchentes atingiram a região, me senti impulsionada a ajudar, contribuindo para ações de apoio nas áreas afetadas.”

O Papel do Jornalismo Comunitário nas Mudanças Climáticas

Fernanda acredita que o jornalismo comunitário tem um papel vital em temas como mudanças climáticas. “Agir localmente para ter um impacto global é o que o jornalismo comunitário faz de melhor”, explica. Ele leva conhecimento direto às comunidades, fortalece ONGs e projetos locais e fomenta a participação da sociedade. Para ela, esse tipo de jornalismo é fundamental para conscientizar sobre as mudanças climáticas e engajar a população na luta por soluções concretas.

Reconhecimento Pessoal e Profissional

Ser finalista do Prêmio MOL é uma conquista significativa para Fernanda, que se emociona ao refletir sobre o reconhecimento. “Nem nos meus melhores sonhos imaginei ser finalista. Isso já é um grande reconhecimento”, destacando a satisfação pessoal dessa realização. Para ela, esse prêmio também representa uma superação. Ela tem Lúpus desde os 13 anos e, após uma crise de saúde grave em 2023, precisou adaptar sua rotina. “Após a crise que afetou meus pulmões e coração, reduzir o ritmo foi necessário, mas seguir trabalhando e ainda ser reconhecida dessa forma me deixa muito feliz e motivada”, compartilha.

A votação para as diversas categorias se encerram no dia 31 de março. Para saber mais sobre o prêmio e votar, acesse  Prêmio MOL de Jornalismo para a Solidariedade.

(Redação Nota Social)