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CEBIS promove inclusão social e economia verde no Pará

Iniciativa pretende capacitar jovens e adultos em situação de vulnerabilidade e promover impactos ambientais positivos

O Centro Brasileiro de Inovação e Sustentabilidade (CEBIS) lançou o projeto Bamboost, uma iniciativa que une sustentabilidade, inclusão social e empreendedorismo no estado do Pará. Focado no manejo sustentável do bambu amazônico, o projeto pretende capacitar jovens e adultos em situação de vulnerabilidade, fortalecendo a bioeconomia e promovendo impactos ambientais e socioeconômicos positivos.

Com o apoio do Ministério do Trabalho e Emprego e da Secretaria Estratégica de Articulação e Cidadania (SEAC), o Bamboost pretende capacitar 750 participantes, entre 16 e 29 anos, em técnicas de manejo do bambu, design de produtos artesanais e habilidades digitais. “Queremos formar empreendedores que, além de gerar renda, também sejam agentes de transformação em suas comunidades”, afirma Katiane Fátima de Gouvêa , presidente do CEBIS.

O projeto se conecta à estrutura das Usinas da Paz, que oferecem espaços de capacitação, apoio psicossocial e integração de políticas públicas no Pará. Essa parceria viabiliza um modelo híbrido de formação, com atividades presenciais, remotas e práticas, ampliando o alcance do projeto.

Os participantes aprenderão a criar produtos de bambu, como luminárias, bandejas e cabides, desenvolvendo habilidades que combinam design e funcionalidade. Além disso, o letramento digital prepara os alunos para gerenciar vendas online e alcançar mercados nacionais e internacionais.

“Estamos ensinando mais do que técnicas. Queremos mudar mentalidades e incentivar o empreendedorismo verde, criando oportunidades reais de transformação social e econômica”, enfatiza a presidente.

O bambu como solução sustentável

Abundante na região amazônica, o bambu amazônico, conhecido como “taboca”, foi escolhido como o recurso principal do projeto devido à sua versatilidade e benefícios ambientais. Ele é usado para recuperação de áreas degradadas, controle de erosão e sequestro de carbono, além de ser uma alternativa renovável a materiais como concreto e madeira.

“O bambu é resiliente, cresce rapidamente e pode ser explorado de forma sustentável sem risco de esgotamento. Além disso, é uma alternativa para substituição de materiais que impactam negativamente o meio ambiente”, destaca Katiane.

Preparação para a COP 30

O projeto ganha ainda mais relevância com a proximidade da COP 30, que será realizada em Belém em 2025. A iniciativa posiciona o Pará como protagonista na agenda global de sustentabilidade, demonstrando que é possível integrar preservação ambiental e desenvolvimento econômico.

“O Bamboost é um exemplo prático de como o desenvolvimento sustentável pode transformar vidas e fortalecer a economia local”, explica a presidente do CEBIS.

Modelo replicável

Embora inicialmente voltado para o Pará, o Bamboost pode ser adaptado para outras regiões do Brasil, considerando as particularidades de cada local. “O potencial do bambu permite expandir a ideia para todo o país, fomentando o desenvolvimento sustentável em diferentes contextos”, diz Katiane.

“O principal desafio é mudar a mentalidade, tanto das empresas quanto da população em geral, sobre o valor dos recursos naturais e a importância de produtos sustentáveis”, conclui.

Para saber mais sobre o projeto Bamboost, acesse o site da organização: https://www.cebis.org.br/.

(Rafaela Eid, do Nota Social)

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